terça-feira, 30 de agosto de 2011

Grupos Sociais

Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma identificação em alguém ou em alguma coisa. Quando uma pessoa se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre uma associação humana. Com o estabelecimento de muitas associações humanas, o ser humano passou a estabelecer verdadeiros grupos sociais.

Podemos definir que grupo social é uma forma básica de associação humana que se considera como um todo, com tradições morais e materiais. Para que exista um grupo social é necessário que haja uma interação entre seus participantes. Um grupo de pessoas que só apresenta uma serialidade entre si, como em uma fila de cinema, por exemplo, não pode ser considerado como grupo social, visto que estas pessoas não interagem entre si.

Os grupos sociais possuem uma forma de organização, mesmo que subjetiva. Outra característica é que estes grupos são superiores e exteriores ao indivíduo, assim, se uma pessoa sair de um grupo, provavelmente ele não irá acabar. Os membros de um grupo também possuem uma consciência grupal (“nós” ao invés do “eu”), certos valores, princípios e objetivos em comum.

Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contato de seus membros. Os grupos primários são aqueles em que os membros possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos: família, grupos de amigos, vizinhos, etc.

Diferentemente dos grupos primários, os secundários são aqueles em que os membros não possuem tamanho grau de proximidade. Exemplos: igrejas, partidos políticos, etc. Outro tipo de grupos sociais são os intermediários, que apresentam as duas formas de contato: primário e secundário. Exemplo: escola.

domingo, 28 de agosto de 2011

O que é política para sociologia ?

A sociologia estuda a política como o estudo dos fenômenos políticos enquanto fenômenos sociais, preocupando-se fundamentalmente com os micropoderes; a ciência política como o estudo dos fenómenos políticos superiores, preocupando-se, sobretudo, em integrar os poderes no Poder. A ciência política contemporânea nascendo do impulso do sociologismo, e como reação contra o normativismo e contra a análise formal das instituições políticas.  As escolas elitistas e as escolas pluralistas de sociologia política. Da teoria da classe política, por oposição à teoria da divisão de poderes, ao estudo da poliarquia.

RELAÇÕES SOCIAS


Para Karl Marx, as relações sociais que os homens estabelecem entre si, e que constituem a sua existência social, decorrem das forças produtivas e dos modos de apropriação dos meios de produção. "As relações sociais estão intimamente ligadas às forças produtivas. Ao adquirir novas forças produtivas, os homens mudam o seu modo de produção e ao mudar o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, alteram todas as suas relações sociais" (Rocher). A História mostra-nos que a um determinado estádio do desenvolvimento das forças produtivas corresponde um tipo determinado de "relações de produção", que são o conjunto de relações estabelecidas pelos homens com vista à produção. Os homens, para produzir, "estabelecem uns com os outros laços e relações bem determinadas (segundo Marx, necessárias e independentes da sua vontade): o seu contacto com a Natureza, isto é, a produção, só se efetua no quadro destes laços e destas relações sociais. Estas relações sociais que ligam os produtores uns aos outros [...] diferem naturalmente segundo o carácter dos meios de produção. [...] Isto equivale a dizer que as relações sociais segundo as quais os indivíduos produzem, as relações de produção, se alteram e se transformam com a evolução e o desenvolvimento dos meios materiais de produção, das forças produtivas. As relações de produção, consideradas na sua totalidade, constituem aquilo a que chamam as relações sociais" (Rocher).
Por seu lado, Ferdinand Tönnies empreende "a análise dos fundamentos psíquicos das relações sociais (rapports sociaux), que constituem o tecido de toda a coletividade. Estas relações sociais são, para Tönnies, relações entre "vontades" humanas [...] conjunto de mecanismos que motivam e orientam a conduta dos homens em relação uns aos outros" (Rocher). Esta vontade apresenta-se sob duas formas: por um lado, a vontade orgânica, que é do domínio do concreto orgânico e afetivo, traduz os impulsos do coração; por outro, a vontade refletida, que é do domínio puramente intelectual e abstrato, é dominada pelo pensamento. Os dois tipos de vontade opõem também, respetivamente, dois tipos de relações sociais entre os homens: a "comunidade" e a "sociedade". A primeira é formada por pessoas unidas por laços naturais e espontâneos e por objetivos comuns que ultrapassam os interesses particulares dos indivíduos. Na "sociedade", as relações entre as pessoas estabelecem-se na base dos interesses individuais, são relações de competição, de concorrência, com um cunho de indiferença relativamente aos outros.
Para Émile Durkheim, as relações sociais constituem o tema central do seu livro De la division du travail social (1893) e surgem com o nome de "formas de solidariedade". Durkheim nota que as pessoas podem sentir-se atraídas umas pelas outras pelas suas semelhanças ou pelas suas diferenças. "A atração e a interdependência entre as pessoas pode estabelecer-se por forma a que estas se movam em bloco, como um só corpo, e a esse tipo de solidariedade chama Durkheim mecânica. Esta solidariedade assenta no predomínio das crenças e dos sentimentos comuns a todos os membros do grupo sobre o individual" (Barata). A solidariedade mecânica corresponde, necessariamente, a um estado forte da consciência coletiva.
E "é o progresso da divisão do trabalho que conduzirá a sociedade de solidariedade mecânica a transformar-se. O próprio princípio de divisão do trabalho está na diversidade das pessoas e dos grupos e é diretamente contrário ao da solidariedade por semelhança [...]. A divisão do trabalho engendra afinal um novo tipo de solidariedade baseado na complementaridade das partes diversificadas [...]. E porque esta solidariedade já não é baseada na semelhança das pessoas e dos grupos, mas na sua independência, Durkheim dá-lhe o nome de solidariedade orgânica". Esta é consequente ao progresso da divisão do trabalho (Rocher).
"Durkheim constrói assim o que ele chama "dois tipos sociais" [...]. A sociedade de solidariedade mecânica é uma sociedade primitiva, como a sociedade militar" (Rocher) (em que os elementos componentes não estão dispostos ou organizados de nenhuma maneira definida); "nela a divisão do trabalho é apenas elementar ou está fracamente desenvolvida. A forte pressão que nela se observa provém [...] de uma consciência coletiva forte resultante da semelhança das partes constituintes e que se reflete num direito com predominância repressiva ou penal" (Rocher). "Pelo contrário, a solidariedade orgânica exprime-se numa estrutura social que é um sistema de órgãos diferentes, com funções individualizadas [...]. As pessoas agrupam-se não a partir de laços de descendência, mas segundo as funções sociais que desempenham" (Barata). "A sociedade de solidariedade orgânica é, como a sociedade industrial, uma sociedade mais avançada, devido à divisão do trabalho" (Rocher). A ela corresponde um direito dito restitutivo, cuja finalidade não é punir mas repor as coisas no estado em que estavam quando foram alteradas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sociologia da Juventude


Ao longo da História da Cultura Ocidental, a participação dos jovens era desconsiderada nos movimentos e transformações sociais ocorridas ao longo do tempo. A “voz da juventude” foi por muito tempo reclusa aos olhos de uma sociedade conservadora que, na maioria das vezes, ligava o jovem à imaturidade, ignorância e subserviência familiar. No entanto, a partir da segunda metade do século XX, esse cenário começou a sofrer consideráveis transformações. 

A partir da década  de 1960, intensas  manifestações  culturais e políticas juvenis indicavam  que o papel do jovem começava a ter outro lugar. Nesse período, podemos destacar a ação do movimento hippie , que  se contrapôs aos valores morais de sua época pregando ideais de “paz e amor”, criticando a sociedade de consumo e realizando intensa oposição à Guerra do Vietnã. Embalados pelo prazer, o uso de alucinógenos e o rock’n’roll mostraram o novo lugar da juventude. Com o esvaziamento desse primeiro movimento, a geração hippie deu lugar a uma juventude mais conservadora que não mais se simpatizava com a ação transgressora da geração anterior. Os chamados yuppies da década de 1980, mediante a expansão do capitalismo e a competitividade do mercado de trabalho, começaram a estudar cada vez mais cedo, buscando uma carreira profissional proeminente acompanhada do tão sonhado conforto material. A consolidação de um mundo cada vez mais integrado pelo processo de globalização provocou uma nova onda de movimentos juvenis que se colocam contra a própria sociedade que o exclui. O movimento punk é um claro exemplo de ação juvenil calcada pela crítica de um sistema que visa padronizar comportamentos em torno de um mundo cada vez mais atrelado aos resultados imediatos e à eficiência. Em contrapartida, essa reação à globalização também trouxe outras conseqüências. A juventude nascida na década de 1980 integra, de acordo com alguns estudiosos e analistas, a chamada geração “Z”. O uso desta letra vem do termo inglês “zapping”, ou seja, dar “uma volta”. Essa tal volta, por conseguinte, simboliza a enxurrada de tecnologias que colocaram esses jovens em contato simultâneo com a TV, telefone celular e internet. A facilidade de acesso à informação transforma essa nova geração, de carta maneira, um pouco mais acomodada.Em contrapartida, essa nova situação da juventude não indica uma morte das utopias e da ação direta do jovem na sociedade. Por mais que não possamos ver claramente a ascendência de novos movimentos juvenis politizados, não podemos desconsiderar a presença de uma juventude que possui e demonstra suas demandas sob as mais diferentes formas. Enquanto isso, as gerações futuras nos reservam a transformação que os adultos de amanhã talvez não imaginassem.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tipos de Liderança

Liderança Institucional :

Liderança Pessoal :

Mecanismos de sustentação dos grupos sociais


Toda a sociedade tem uma serie de forças que mantém os grupos sociais. As principais são a liderança, as normas e sanções sociais, os valores sociais e os símbolos sociais.
Liderança: é a ação exercida por um líder, aquele que dirige o grupo. A dois tipos:
Liderança institucional - autoridade varia de acordo com a posição social ou do cargo que ocupa no grupo. Ex: gerente de uma fabrica, pai de família, etc.
Liderança pessoal – autoridade varia das qualidades pessoais do líder (inteligência, poder de comunicação, atitudes). Ex: Getulio Vargas, Adolf Hitler, etc.

Normas e sanções sociais:

Normas sociais: regras de conduta de uma sociedade, que controlam e orientam o comportamento das pessoas. Indica o que é “permitido” e “proibido”.
Sanção social: é uma recompensa ou uma punição que o grupo determina para os indivíduos de acordo co o seu comportamento social. É aprovativa quando vem sob a forma de aceitação, aplausos, honras, promoções. É reprovativa quando vem sob a forma de punição imposta ao individuo que desobedece a alguma norma social. Ex: insulto, zombaria, prisão, pena de morte.
Valores sociais: variam no espaço e no tempo, em função de cada época, geração e cada sociedade. Ex: o que é bonito para os jovens nem sempre é aceito pelos mais velhos. As roupas, os cabelos, modo de dançar, as idéias, o comportamento, enfim, entram em choque com os valores sociais já estabelecidos e cultivados por seus pais, criando uma certa tensão entre jovens e adultos.
Símbolos: é algo cujo valor e significado é atribuído pelas pessoas que o utilizam. Ex: a aliança que simboliza a união de casais.
A linguagem é um conjunto de símbolos. Podemos dizer que todo o comportamento humano é simbólico e todo o comportamento simbólico é humano, já que a utilização de símbolos é exclusiva do homem. Sem os símbolos não haveria cultura.

sábado, 6 de agosto de 2011

Agregados Sociais

Se dá a denominação de agregados sociais uma reunião de pessoas juntas fisicamente mas sem comunicação recíproca.











Em um agregado, as pessoas nem sempre se conhecem e, por conseguinte, pouco se influenciam mutuamente.Quase sempre, é de duração temporária. Não é organizado, ressentindo-se, assim, de hierarquia de funções e de posições.
Há vários tipos de agregados. Entre eles, podemos destacar: 

  • A multidão; 
  • A turba;
  • O auditório; 
  • As manifestações públicas; 
  • Os agregados residenciais.

Tipos de agregados Sociais

  • A multidão; 
  • A turba;
  • O auditório; 
  • As manifestações públicas; 
  • Os agregados residenciais.
  • A multidão: é um agregado pacífico, sem finalidade e mínima interação e que apenas ocupa um espaço físico. A sua unidade é meramente externa e circunstancial. Aliás, diga-se de passagem, os conceitos de multidão e massa são bastantes controvertidos.





A turba: é um agregado tumultuoso, agitado, de ação intensa, desordenada e breve. As pessoas que a compõem se encontram sob forte excitação emocional. É manipulada por líderes eventuais e degenera, algumas vezes, em ações anti-sociais destrutivas. Os componentes de uma turba, no entanto, visam um objetivo, seja ele de natureza política, econômica ou religiosa.



O auditório:  é um agregado onde as pessoas, embora não realizem qualquer ação conjunta, apresentam, alto grau de atenção concentrada. Elas se reúnem livremente para assistir a um de terminado ato, apáticas ou participantes, aplaudindo ou apupando, mas destituídas de qualquer manifestação anti-social violenta.





As manifestações públicas se caracteriza pela aglomeração de pessoas com o objetivo de promover uma. ideologia política ou religiosa ou de exaltar determinadas pessoas, ou, ainda, repudiá-las. São os famosos comícios, os desfiles, as paradas, as procissões religiosas. Estas manifestações obedecem a um plano preestabelecido e podem ter uma finalidade de protesto contra, por exemplo, a discriminação racional e perseguições políticas ou religiosas.







Os agregados residenciais: São fenômenos comuns nas megalópoles. O conceito de vizinhança é tão somente espacial. As pessoas moram próximas,mas não se conhecem, via de regra, ou estabelecem esporádicas e formais relações sociais. Os prédios de apartamento são bem o símbolo expressivo da torre de Babel da vida urbana, onde até parece que as pessoas não falam o mesmo idioma.